Casos de consultório: como se libertar que crenças limitantes que bloqueiam o seu sucesso.

Como funciona a primeira consulta (dentro do consultório)?

Quer saber como funciona uma consulta de Terapia Holística? Veja no vídeo abaixo! E para quem é terapeuta, também dou dicas de como realizar o seu primeiro atendimento.

UMA DICA: Algo que recomendo muito para os terapeutas, mas que serve para a vida é: pergunte mais e fale menos. Como assim Cátia?

Todas as respostas para as nossas dúvidas estão dentro de nós, sendo assim, quando alguém nos pergunta algo, é muito mais coerente devolver a pergunta e então estimular a pessoa (ou o consultante) a buscar uma resposta.

Afinal, aprendi com a neurolinguística que “o cérebro não resiste a uma pergunta e sempre vai procurar uma resposta”. Por isso que prático esse exercício como terapeuta e com as pessoas que convivo. Assim, tudo que a pessoa falar ou responder está de acordo com o que faz sentido para ela e não uma suposição minha.

Lembrando que cada caso é um caso. Por isso sempre indico aos profissionais que tenham um roteiro programado de perguntas importantes, e que irão conduzir o seu trabalho.

Geralmente eu costumo iniciar perguntando sobre as principais dificuldades, o que mais incomoda no momento, suas maiores dores e o que o incentivou a estar ali, buscar pela terapia.

Depois questiono sobre a sua história de vida: relacionamento com os pais, como foi a infância, a adolescência, relacionamento amoroso e fatos marcantes da sua vida.

E aí conforme a conversa vai fluindo, vou perguntando mais detalhes do que julgo ser importante saber. Pois é assim que consigo entender a melhor forma de ajudar essa pessoa que está ali na minha frente.

Além disso, é interessante que o atendimento do terapeuta seja dinâmico, que tenha exercícios e práticas que motivem e que encantem o cliente.

Sobre a história do caso de hoje

Falando mais sobre a história desse consultante, ele me relatou que se dava muito bem com a mãe, que eles tinham muita afinidade e que ela era um exemplo de superação.

Já o pai não admirava como a mãe. Com a separação dos pais, acabaram se afastando e com isso não tinham muita intimidade. Se viam e se visitavam, mas existia um certo afastamento de ambos.

Era o filho mais novo do casal e lembrava que a infância foi muito boa. Sobre a adolescência não lembrava de nada marcante. Apenas comentou que trabalhava desde muito jovem para ter o que queria.

Gostava de estar presente e tinha uma relação forte com a família: mãe e irmão. Mas não se considerava apegado.

Quanto aos relacionamentos amorosos, comentou que sempre foram intensos. Atraia pessoas possessivas e no último foram morar juntos, mas não deu certo.

Análise do caso

Bem, como uma das questões que ele mais queria era ter sucesso e melhorar a vida financeira, comecei perguntando o que significava “ter sucesso” para ele. Pois dependendo da resposta, daria para entender melhor quais crenças negativas estavam nele. E aí a partir desta percepção eu poderia ajudar a mudar essas programações mentais, para que o sucesso viesse.

E então na nossa conversa percebi duas crenças que precisavam ser trabalhadas: tinha que trabalhar duro para ter sucesso. E a outra era: não dá para fazer o que ama e ter sucesso.

Em algum momento, ele internalizou que era impossível fazer algo que amava e ser bem sucedido. E acredito que esta é a que mais estava travando a sua vida no momento. Ambas estavam, mas esta é uma das que estavam influenciando diretamente na realização profissional.

Também questionei sobre sonhos e o que ele gostaria de ser ou fazer, profissionalmente falando. Ele comentou que sempre gostou de carros. E que a outra opção que gostava era a de trabalhar em escritórios, pois “se via” como um executivo ou alguém assim.

Além disso, para se encontrar na vida e se reconectar com o seu propósito, também era interessante fazer um trabalho de resgate da origem. A conexão com o pai precisava ser resgatada, para que ele pudesse fluir para uma nova realidade e confiar nos processos que iriam acontecer dali para frente.

Pois ele tinha a força da mãe que o fazia ser uma pessoa determinada. Afinal, desde cedo foi em busca de algo que queria para si, trabalhava e realizava as suas metas materiais. Mas não conseguia persistir, não se sentia realizado por completo e “não conseguia ir para a vida”. Algo que iria flui melhor, quando resgatasse a força do pai.

Primeiro de tudo eu faria um trabalho para libertar a sua mente das crenças limitantes que ele falou: SÓ TRABALHO DURO TRAZ SUCESSO E NÃO DÁ PARA TRABALHAR NO QUE AMA E TER SUCESSO.

Para isso fiz algumas perguntas que o ajudou a ressignificar esses pensamentos. E em seguida dei algumas afirmações poderosas que também ajudaram ele a mudar essas programações mentais.

Pois neste caso precisava fazer exercícios de repetição para incorporar novas crenças.

Vou deixar dicas de perguntas abaixo. Elas me ajudavam muito a reprogramar crenças limitantes, quando o consultante me trazia algo como esse me trouxe. Vamos lá:

1- Primeiro pegue a crença que mais mexe com o consultante (ou com você), aquela que mais influencia negativamente a sua vida.

2- Leia a crença para ele (ou para si) e pergunte em seguida: você tem (tenho) consciência de que acreditar nisso está lhe (me) prejudicando de alguma forma?

3- Se sim, o que você (eu) gostaria de acreditar ao invés disso? Coloque no papel uma frase positiva, que ressignifique o que ele (ou você) quer mudar!
EXEMPLO: não posso trabalhar no que amo e ter sucesso. Uma sugestão para ressignificar seria: EU POSSO TRABALHAR NO QUE AMO E SER BEM SUCEDIDO! Lembrando que o ideal é que o consultante lhe diga uma frase, mas pode ajudar ele a construir uma.

4- Peça para ele (ou fale) falar três vezes a nova frase para sentir como é liberador mudar o sentido da crença negativa!

5- Diga para ele fechar os olhos e falar (ou feche os olhos e diga em voz alta): EU RECEBO E EU MEREÇO ESSE NOVO MOVIMENTO INTERNO!

6- Escreva esta frase e peça para ele andar (ou ande) com ela por no mínimo 21 dias, lendo e relendo várias vezes por dia.

7- Oriente ele dizendo que exercícios de repetição ajudam a mudar o padrão mental instalado. Por isso precisa se dedicar e fazer todos os dias.

Em seguida pode fazer uma mentalização que complementaria o atendimento. Vou sugerir uma que faria para este caso:

Feche os seus olhos, respire profundamente e receba este momento, receba a vida!

E nesse instante conecte-se com o que de melhor existe dentro de você. Sinta os movimentos do corpo e perceba como é incrível estar consigo mesmo!

E então ao se conectar consigo e com o próprio corpo, visualize ou mentalize a sua mãe, como se estivessem frente a frente. E diga mentalmente, olhando nos olhos dela: “mãe eu amo você! E amo tanto que acabei ficando muito mais conectado a ti do que ao pai. Eu acabei carregando as dores de vocês e inconscientemente quero resolver assuntos que são muito grandes para mim. Pois a separação e tudo que aconteceu, é algo que só vocês podem resolver. Por isso, eu sinto muito por me envolver e querer ser maior do que vocês. Eu achei que eu podia ajudar, mas hoje eu entendo que não posso. E que preciso deixar vocês fazerem o que precisa ser feito. Também preciso aceitar que talvez nada será feito. Só assim eu poderei seguir com os meus planos e a minha vida. O que posso fazer nesse momento é honrar você mãe e concordar com tudo como foi. Gratidão, você sempre me deu e me dá mais do que o suficiente! Eu amo você!”

Agora visualize o pai, como se estivessem frente a frente e diga a ele: “pai, eu sinto muito por ter me distanciado de você. Eu achei que assim eu poderia ajudar você e a mãe a resolverem os seus assuntos. Mas hoje eu sei que eu não posso me colocar nesse lugar, pois ele é muito grande para mim. Além disso, eu quero me colocar no meu lugar de filho e quero que você esteja no meu coração, ocupando o seu lugar de pai. De hoje em diante eu quero que cada vez mais você seja meu pai. Mesmo que eu não siga os seus conselhos, eu vou ouvi-los. Pois sei que você sempre quer o melhor para mim! Eu amo você pai e eu agradeço você por ter me dado a vida! E por fazer e me dar mais do que o suficiente!”

Sinta como é estar neste lugar de filho, recebendo o amor e a bênção dos pais! Sinta os movimentos que vão acontecendo!

E aos poucos venha voltando e abrindo os olhos!

Dicas para terapeutas

Após finalizar a meditação ou a prática que você achar mais conveniente aplicar no momento, o ideal é que você recomende que o consultante volte. Até porque neste caso, ele precisaria continuar para entender o que vai deixá-lo realizado. E para que ele perceba qual profissão ou qual caminho seguirá dali para frente.

Além disso, você pode acompanhar mais de perto os movimentos que serão feitos, as transformações e poderá continuar ajudando-o com relação às suas metas para o futuro. Pois se continuar mudando a sua mentalidade e “se colocando no seu lugar”, muitas transformações positivas irão ocorrer.

Para complementar este post, vou deixar mais um vídeo com sugestões extras e que ajudariam para este caso.